terça-feira, 31 de julho de 2012

MEIs em números.

Os Microempreendedores Individuais (MEIs) forçaram o Brasil a chegar à casa de 1 milhão de negócios criados nos últimos sete meses. 

A marca foi atingida ontem com antecedência em comparativo a 2011, o que significa na prática um crescimento de 9,2%. Com relação a 2010, a geração de novas empresas teve um crescimento de 43%. De todo este montante, 65,5% é devido aos MEIs, seguido das Sociedades Limitadas (15,1%) e os Empreendedores Individuais (13,5%). 

As informações são do estudo ''Perfil das Empresas e Entidades Brasileiras 2012'', que faz parte do banco de dados do Empresômetro, ferramenta digital criada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

No Paraná, o percentual em crescimento obteve o resultado de 37% no período analisado, sendo um grande número de formalizações das empresas, de 22.411 para 35.378, passando à frente de São Paulo, com crescimento de 31%.

O autor do estudo e supervisor de Estatísticas e Inteligência Tributária do IBPT, Othon de Andrade Filho, comenta: 

''De todos os estados brasileiros, apenas Amapá e Roraima não obtiveram crescimento em relação aos microempreendedores.''

Os dados são positivos, pois muitas empresas permaneciam informalizadas para não recolhimento de tributos, mas que acabavam por utilizar a previdência social posteriormente, o que ocasiona um rombo nos cofres públicos.

Porém, tal estudo realizado pelo IBPT demonstra algo preocupante: a criação de outros tipos de empresas - responsáveis por 84% da geração dos empregos no País - está decaindo se comparada a 2011. Todos os estados, sem exceção, tiveram decréscimo de novos empreendimentos no último ano. Em todo o Brasil, até ontem, foram criados - excluindo os MEIs - 345.132 empresas, 19% a menos do que os 427.218 do ano passado.

Para o autor do estudo, tal cenário aponta uma retração na economia brasileira:

''A questão é que são estes tipos de empresa que movimentam a economia, e elas não estão surgindo este ano. É claro que é importante que o número de microempreendedores cresça, mas a arrecadação deles ainda é pequena no País, por volta de R$ 782 milhões, além da baixa geração de empregos.''

O Paraná foi considerado um dos três estados de pior desempenho, ficando atrás do Acre e do Espírito Santo.

No quadro abaixo, com fonte do IBPT/Empresômetro, é possível observar o crescimento:

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