Os
Microempreendedores Individuais (MEIs) forçaram o Brasil a chegar à casa de 1
milhão de negócios criados nos últimos sete meses.
A
marca foi atingida ontem com antecedência em comparativo a 2011, o que
significa na prática um crescimento de 9,2%. Com relação a 2010, a geração de
novas empresas teve um crescimento de 43%. De todo este montante, 65,5% é
devido aos MEIs, seguido das Sociedades Limitadas (15,1%) e os Empreendedores
Individuais (13,5%).
As
informações são do estudo ''Perfil das Empresas e Entidades Brasileiras 2012'',
que faz parte do banco de dados do Empresômetro, ferramenta digital criada pelo
Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
No
Paraná, o percentual em crescimento obteve o resultado de 37% no período
analisado, sendo um grande número de formalizações das empresas, de 22.411 para
35.378, passando à frente de São Paulo, com crescimento de 31%.
O
autor do estudo e supervisor de Estatísticas e Inteligência Tributária do IBPT,
Othon de Andrade Filho, comenta:
''De todos os estados
brasileiros, apenas Amapá e Roraima não obtiveram crescimento em relação aos
microempreendedores.''
Os dados são positivos, pois muitas empresas permaneciam informalizadas para não recolhimento de tributos, mas que acabavam por utilizar a previdência social posteriormente, o que ocasiona um rombo nos cofres públicos.
Os dados são positivos, pois muitas empresas permaneciam informalizadas para não recolhimento de tributos, mas que acabavam por utilizar a previdência social posteriormente, o que ocasiona um rombo nos cofres públicos.
Porém,
tal estudo realizado pelo IBPT demonstra algo preocupante: a criação de outros
tipos de empresas - responsáveis por 84% da geração dos empregos no País - está
decaindo se comparada a 2011. Todos os estados, sem exceção, tiveram decréscimo
de novos empreendimentos no último ano. Em todo o Brasil, até ontem, foram
criados - excluindo os MEIs - 345.132 empresas, 19% a menos do que os 427.218
do ano passado.
Para o autor do estudo, tal cenário aponta uma retração na economia brasileira:
Para o autor do estudo, tal cenário aponta uma retração na economia brasileira:
''A questão é que são estes
tipos de empresa que movimentam a economia, e elas não estão surgindo este ano.
É claro que é importante que o número de microempreendedores cresça, mas a arrecadação
deles ainda é pequena no País, por volta de R$ 782 milhões, além da baixa
geração de empregos.''
O Paraná foi considerado um dos três estados de pior desempenho, ficando atrás do Acre e do Espírito Santo.
O Paraná foi considerado um dos três estados de pior desempenho, ficando atrás do Acre e do Espírito Santo.
No
quadro abaixo, com fonte do IBPT/Empresômetro, é possível observar o
crescimento: