Para onde estamos caminhando??
A
Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou esta semana o fim da
exigência de unanimidade nas decisões do Conselho Nacional de Política
Fazendária (Confaz) para concessão de incentivos
fiscais.
Segundo o projeto de lei complementar, de autoria do senador
Ricardo Ferraço (PMDB-ES), as decisões terão de ser aprovadas por pelo
menos três quintos dos votos do órgão, que é composto por todos os
secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal, havendo pelo
menos o voto de um representante de cada região brasileira.
A proposta ainda terá de ser votada
na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e no plenário do Senado, antes
de seguir para votação na Câmara dos Deputados, mas já recebeu
críticas.
A decisão da Comissão de Infraestrutura surpreendeu o
secretário de Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi, que é contrário ao
fim da unanimidade do Confaz. Ele afirmou que a proposta é
"extemporânea, além de perigosa".
Calabi informou que os secretários de Fazenda dos Estados estão se mobilizando para marcar uma reunião
para discutir o assunto. Segundo ele, o fim da unanimidade pode tornar
legais incentivos considerados ilegais e permitirá que alguns Estados
comandem o caixa de outros. "As finanças dos Estados podem ser atacadas
se houver ruptura da unanimidade."
Pois bem, com a consequente aprovação do fim da unanimidade no Confaz para decisões acerca dos incentivos fiscais sobre ICMS, haverá a amenização da temida guerra fiscal ou sua fortificação?
Tal questão deve ser analisada de maneira muito cuidadosa e, principalmente, discutida pelos juristas brasileiros.
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